Sagração | Companhia De Dança Debora Colker

Localização

Teatro Gustavo Leite

Rua Celso Piatti, s/n - Jaraguá, Maceió - Alagoas

O espetáculo reúne obra clássica de Stravinsky e cosmogonias originárias

 

O Ministério da Cultura, a Petrobras e o Instituto Cultural Vale apresentam “Sagração”, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O espetáculo realiza apresentações no Teatro Gustavo Leite dias 03 e 04 de outubro.  

Na versão dirigida por Deborah Colker, a música clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros no espetáculo inspirado por visões ancestrais sobre a origem do mundo. “Sagração” estreou no dia 21 de março de 2024 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Fundada em 1994, a Companhia realizou mais de duas mil apresentações em mais de 100 cidades de 35 países, totalizando um público de cerca de 4 milhões de pessoas em todas as suas performances.

 

“Durante esses anos, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que fundou a companhia de dança com Deborah Colker.

 

O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras.

 

“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração

da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”.

 

Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.

 

“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah, que, com a assessoria de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as passagens sobre Eva e a serpente e também Abraão ganham cenas que destacam momentos de ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa e cultura em direção a si mesmo”, destaca Nilton Bonder. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa também buscou referências na literatura científica.

 

“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros.

 

Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para dar vida às narrativas e trajetórias do espetáculo, o cenógrafo Gringo Cardia incorpora 170 bambus de 4 metros de altura que simbolizam resistência e flexibilidade.

 

Criação, Direção e Dramaturgia DEBORAH COLKER

 

Direção Executiva JOÃO ELIAS

 

Direção Musical ALEXANDRE ELIAS

 

Direção de Arte GRINGO CARDIA

 

Dramaturgia NILTON BONDER

 

Figurinos CLAUDIA KOPKE

 

Desenho de Luz BETO BRUEL

 

Fotografia FLÁVIO COLKER

 

Atenção: O espetáculo contém luzes intensas e efeitos que podem afetar pessoas com epilepsia ou fotossensíveis.

Audiodescrição em todas sessões.

REGRAS PARA MEIA-ENTRADA:

 

Estudantes (Com Carteira de Identificação Estudantil)

 

Pessoas com deficiência, inclusive seu acompanhante quando necessário.

 

Jovens com idade de 15 a 29 anos de baixa renda inscritos no Cadastro Único Para Programas Sociais do Governo Federal (Mediante a apresentação da Identidade Jovem, acompanhada de documento de identificação com foto expedido por órgão público e válido em todo o território nacional)

 

Idosos e Terceira Idade (Cartão de Aposentado ou RG para maiores de 60 anos)

 

Professores Rede Pública (Holerite ou Documento que comprove)

 

Diretores, Coordenadores Pedagógicos, Supervisores e titulares de cargos do quadro de apoio das escolas das redes estadual e municipais, de acordo com a Lei Estadual 15.298/14.

 

(O direito ao benefício da meia-entrada é assegurado em 40% (quarenta por cento) do total dos ingressos disponíveis para cada evento)

 

 

Observações

 

Desconto Petrobras:  para a força de trabalho mediante apresentação do crachá funcional para a compra de até 2 ingressos.

Desconto Instituto Cultural Vale:  para a força de trabalho mediante apresentação do crachá funcional para a compra de até 2 ingressos.

 

Tolerância para acesso: 10 minutos após o início do show

R$ 25.00 a R$ 160.00

Selecione a data

Selecione o horário

Classificação Indicativa: +10 anos

Compartilhar evento:

Newsletter

Receba eventos baseados nos seus gostos semanalmente.